Mobilidade Urbana foi um dos assuntos abordados na 5ª edição do
Connected Smart Cities (CSC) e 1ª edição do Connected Smart Mobility (CSM), que aconteceu em São Paulo nos dias 17 e 18 de setembro deste ano. O evento contou com 300 palestrantes nacionais e internacionais, 90 painéis em 9 palcos simultâneos e a presença de mais de 200 prefeituras. Os presentes participaram de debates e acompanharam a exposição de produtos, serviços e
soluções para cidades inteligentes destacando o
Connected Smart Mobility que contemplou temas como: mobilidade para as pessoas, mobilidade ativa, mobilidade compartilhada, veículos elétricos, análise de dados, conectividade, integração e tendências.
O estudo é composto por indicadores de
11 principais eixos: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, governança e energia. Em 2019 os indicadores apontaram Campinas (SP) como a cidade mais inteligente e conectada do país, seguida por São Paulo (SP), Curitiba (PR), Brasília (DF) e São Caetano (SP). Na sexta colocação está Santos (SP), seguida por Florianópolis (SC), Vitória (ES), Blumenau (SC) e, na 10ª posição, Jundiaí (SP).
Atualmente cerca de 83% da população do País vive nas áreas urbanas e a maioria da população economicamente ativa depende dos
transportes públicos. A falta de investimentos em infraestrutura e mobilidade resulta em um cenário de grandes desafios para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que acabam passando horas no trânsito em seus deslocamentos diários.
É fato que o
transporte sobre trilhos pode ser o maior aliado para desafogar o trânsito nas
cidades e tem grande potencial de desenvolvimento no Brasil. Segundo dados da Anptrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos)*, no ano de 2018, o volume de passageiros transportados por esse modal cresceu 21% em relação ao ano anterior, chegando ao recorde de 3,7 bilhões de passageiros no ano. Isso representa 10,9 milhões de usuários utilizando diariamente os sistemas de metrô, trem e Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em todo o País, um atendimento 9,2% maior em 2017.
Conrado Grava de Souza, conselheiro da
AnpTrilhos, falou sobre o assunto durante o CSC 2019 e lembrou que, embora os números sejam expressivos, o Brasil ainda está muito distante dos países desenvolvidos no que se refere à investimentos no setor metroferroviário. Toda a rede de
transporte urbano sobre trilhos para passageiros, no Brasil, equivale ao metrô disponível apenas na cidade de Nova York, a maior rede do mundo, com 24 linhas e mais de 460
estações.
“Todas as viagens realizadas no Brasil não passam de 4% da participação mundial. Nós da AnpTrilhos, consideramos que esse modal de transporte terá fundamental importância para as cidades do futuro, inteligentes sustentáveis. O potencial de desenvolvimento é muito grande. É claro que todos os meios de transporte são importantes e que a combinação de todos os modais (inclusive com a utilização da tecnologia) cria uma viagem mais eficiente, diminuindo o tempo de deslocamento nas grandes cidades” comentou.
Souza destacou também, a importância de eventos como o CSC para a troca de experiências e busca de soluções para a mobilidade urbana no País.
“O evento e o Ranking Connected Smart Cities são importantíssimos, não apenas pelo reconhecimento e pela premiação, mas por se tornarem ferramentas para a melhoria dos serviços prestados à população. A divulgação das melhores práticas permite que os municípios conheçam e implementem soluções já utilizadas em outros locais expandindo os sistemas de transportes conectados “, completou.
