sábado, 25 de dezembro de 2010

ASAS


Não sei onde coloquei as asas. Cortei e não guardei no baú da das lembranças. Também, quando decidi fincar raizes, perdeu o sentido ficar sempre com elas as vistas.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Classificação no Concurso Interfaces Culturais

domingo, 12 de dezembro de 2010

poema sobre o mundo


EU VI UM HOMEM TIRAR A VIDA DE OUTRO HOMEM
Allan Marinho

Eu vi um homem morrer
Eu vi um homem tirar a vida de outro homem
Os ecos dos tiros rebatem na casa de alguém
E esse alguém não vai jantar hoje
Nunca mais esse alguém vai jantar
A cadeira estará sempre vazia
Dizendo que foi o fim
Será se tem mulher?
Filhos?
Alguém chorando ainda?
A mãe, o pai, um primo, um irmão?
Sempre um morto tem alguém para chorar por sua ausência
Eu vi um homem tirar a vida de outro homem
E a minha fé nos homens quase foi também
Junto com a queda daquele corpo já sem vida
Ficou, a minha fé, pendendo frágil na minha falta de ar.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Poemas que gostaria de ter escrito


Este poema foi escrito por Ana Maria, minha ex-mulher, que possui um estilo direto e forte de escrever.




Você as vezes é um apelo insuportável.
Toda a minha vida existência chama por ti:
Corpo e alma.

Você é como um remédio
Que me cura de todos os males do mundo.

Sem você eu posso até conseguir dormir a noite
Mas com certeza
A noite dos apelos chegará.
E ai a dose terá que ser bem maior
Para que eu não morra, ou se morrer
Que eu morra de uma overdose.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

para uma amiga


Amigo, você sempre leva, mesmo nas estradas que não cruzam com as dele.
Quando passa tempo sem ve-lo, fica vazio, e as vezes você o ver cruzando na sua sala, no quarto e pisca os olhos para acordar.
E sente mais falta ainda.
Amigo, você ama sem querer pra si.
Você quer a felicidade dele, mesmo sem você.
Assim a amizade é mais forte que o amor , já que você não deseja o amigo egoisticamente
Você o divide com a felicidade
Ele pode ter outros amigos, tão queridos quanto você, e isso não o incomoda, o deixa feliz
Afinal, na sua ausência, ele não ficará só.
Assim é a verdadeira amizade
Não é egoísta,
não é possessiva,
não deseja,
não angustia,
não atormenta,
só é amizade,
e basta.
Assim é o que sinto por você,
Minha amiga.

A MEDICA DE VAMPIROS - 1º PARTE

Desde criança gostava de sangue e todos os tios, primos e parentes afirmavam peremptoriamente que eu seria uma médica. Uma grande e chata médica. Eu confesso que gostava da idéia de passar a minha vida vivendo com sangue e bisturis.
Aos cinco anos de idade decidi: seria uma médica. Só não sabia a brincadeira que o destino me reservava.
Nasci no sul da Transilvânia, terra dos ciganos e vampiros, berço do grande Conde Drácula e todas as crianças dormiam com medo do ataque dos sugadores de sangue. Não era diferente das demais crianças e tinham uma mistura de temor e fascinação pela raça dos homens morcegos.
Brincávamos na escola de grupos de ferozes vampiros contra os caçadores e heróis do povo, sempre queria ser uma vampira feroz e agressiva. Participei até de uma peça no teatrinho da escola onde fazia uma ponta num banquete de vampirinhos. Todos riam dos meus dentes com tinta vermelha e meus olhos pintados.
Quando olho as fotos ficou imaginando o que teria feito se soubesse naquela época o que aconteceria com aquela criança pura e inocente. Teria negado meu destino ou teria ido pelo mesmo caminho que me trouxe até aqui?
No inverno ficávamos ao redor da lareira para ouvir as estórias do Tio Drank, todas falavam de lobos e vampiros, terror e sangue, almas revividas e mortos vivos.
Agarrávamos à saia da mamãe e abríamos os olhos assustados e ao mesmo tempo atenciosos com a voz grossa e pausada do nosso Tio. Uma hora era um urro de dor, outra um grito ou uivo de lobo, ao mesmo tempo o desespero da vitima que agonizava sobre a força dos dentes de um vampiro. A aventura durara até a hora da voz rude do meu pai- hora de dormir. Vamos todos.
Subíamos as escadas presas as mãos da mamãe, os olhos procurando sinais pelos cantos e o coração batente acelerado pelo medo infantil.
O lençol cobria até a cabeça e os olhos ficavam fechados como um cofre que guarda o maior segredo da terra. Nada, mais nada mesmo, faria aqueles olhinhos medrosos separarem as pálpebras até o amanhecer.
Nossos sonhos eram pesados e assustadores, povoados pelos medos e pela curiosidade da fase em conhecer novos seres e personagens imaginários.
Passei a minha infância assim, passeando e fugindo de vampiros, lobos, mortos vivos e outros seres fabricados pelo folclore da minha terra e pelo medo da criança que habitava em mim.
Mais crescemos e vamos tendo outros medos e outras preocupações. O cabelo, os seios crescendo, as espinhas, os meninos da escola, a primeira paixão impossível, a competição entre as meninas, as provas, os pais, e tantas coisas que são importantes na época e hoje só causam sorrisos e em alguns casos um pouco de vergonha do mico acontecido.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vinicius crescendo e muito


Vinicius cresceu neste um ano de vida,um amor de garoto e muito decidido no combate diário com as irmãs Bheatriz e Yulia.
Pra elas, ele é um brinquedinho novo, uma graça a convivência entre eles.
Amo todos eles, somados a Juliana, Yanomami e Laurinha, que teve catapora agora.

Tanto tempo........


Oí, fiquei um tempo sem escrever aqui, muito trabalho e muitas coisas aconteceram, alé, de outras mídias, como o twitter detonando. Casa nova, contas novas e velhas e muita gente sem palavra no meu ramo - a politica, kkkkkkkkkkkkk
Mas, eu amo a humanidade,só tem uns carinhas nela que detesto.
um beijão pra todos.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Missa de 7 Dia do Papai




Quero agradecer aos que compareceram a Missa de 7 dia do meu pai. Realizada na Capela do Hospital de Maracanaú contou com a presença de vários amigos e parentes.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

MEU PAI MORREU


Meu pai morreu. Eu acredito agora nisso. Não consigo escrever bem, afinal estou tentando falar de alguém que amo e não vou mais conversar sobre o Ferroviario, os netos, de como a Bheatriz parece com ele, da política que ele criticava tanto, das cruzadas, das poesias, do jornal, da vida.
Esqueci o Flamengo, nosso amor em comum no futebol, além do Ferrim.
Meu pai era simples, não sonhava com grandes coisas,luxos, superfluos, queria viver a vida dele apenas. Os filhos pequenos que amava tanto, a nova família, sem jamais esquecer os três filhos.
Juliana e Yano o amavam demais e sofreram muito com o ritual de enterro.
Os outros meus filhos não foram avisados ainda.
Vinicíus nunca vai conversar com o avó. conhecerá um grande homem por fotos e histórias contadas.
Amo demais meu pai e sempre ele soube disso.
Nunca diga nunca. Nunca diga adeus. Você sempre estará ao meu lado,papai.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mahatma Gandhi


No dia 30 de janeiro de 1948, o mundo perdia a presença física do líder pacifista indiano Mohandas Karamchand Gandhi, chamado o Mahatma (grande alma). Mas sua influência como representante-mor da paz e não-violência se estende até hoje. Formado em Direito na Inglaterra, trabalhou na África do Sul e, em 1915, de volta a Índia, liderou o movimento de libertação de seu país, na época colônia do Império Britânico. Gandhi foi defensor do princípio da não-agressão e da forma não-violenta de protesto. É com ele que a Agência da Boa Notícia inicia hoje a Série Pacifistas. Mensalmente, apresentaremos uma personalidade exemplo na construção da cultura de paz.

Gandhi nasceu em 2 de outubro de 1869 em Porbandar, na Índia. Seu pai foi um político e a mãe uma mulher com forte tradição religiosa. Conforme o costume de seu País, Gandhi casou aos 13 anos com uma menina da mesma idade. Na juventude, desafiou as normas e foi estudar Direito na Inglaterra. Em Londres, tornou-se vegetariano e aprofundou conhecimentos espirituais a partir de leituras do livro sagrado indiano Bhagavad-Gita e do Sermão da Montanha, do Evangelho. Chegou a afirmar: “Se se perdessem todos os livros sacros da humanidade, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido.”

Foi trabalhando como representante de uma empresa indiana na África do Sul, que ele tomou contato com o preconceito racial e despertou sua consciência social. Viveu 20 anos naquele país, sempre defendendo os direitos da minoria hindu. Diante da proposta de criação de uma lei proibindo aos indianos o direito de votar, Gandhi fundou o Congresso hindu em 1894, obtendo grande repercussão. Em 1906, liderou a primeira manifestação de desobediência civil. Foi a uma lei do governo sul-africano que quis obrigar os indianos a se registrarem, como forma de controle. A medida de recusar a se submeter a uma injustiça, ele denominou de Satyagraha (‘força da verdade”). Esteve à frente de muitas caminhadas pacíficas de protesto e foi preso, sem nunca apelar para reação violenta.

De volta à Índia, enfrentou o imperialismo britânico conscientizando hindus e muçulmanos no sentido de buscarem a independência indiana, baseada no uso da não violência e da desobediência civil. Viajou pelo país levando sua mensagem para convencer populações rurais e urbanas a não colaborarem com os britânicos, que aumentavam impostos, proibiam os hindus de fazer o próprio sal e oprimiam o povo de várias outras formas.

Ficou para a história a famosa Marcha do Sal, quando milhares de indianos andaram durante 24 dias até o mar. Na praia, colocaram panelas com água ao sol, para dali extraírem o sal. A idéia se espalhou e os manifestantes eram tantos que o governo teve dificuldade para prender todo mundo. Mesmo assim, mais de cem mil hindus, incluindo os líderes, foram parar na prisão. Mas a fabricação do sal acabou sendo permitida na costa. A Marcha fez com que houvesse uma reunião em Londres, com grande repercussão mundial, tendo Gandhi obtido apoio de grandes nomes, em várias partes do mundo.

Gandhi incentivava o seu povo a produzir as próprias roupas e alimentos, para não depender dos colonizadores. Os valores dele, voltados para a simplicidade, têm como base a crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa). Ele defendia cinco pontos para o sistema dar certo: igualdade; nenhum uso de álcool ou droga; unidade hindu-muçulmano; amizade; e igualdade para as mulheres. Em plena segunda guerra, exortava os ingleses a não reagirem de forma violenta ao nazismo. A outros povos oprimidos ensinava: "Se é valente, como é, para morrer a um homem que luta contra preconceitos, é ainda bravo para recusar briga e ainda recusar se render ao usurpador."

Em seu esforço pela independência da Índia, foi preso muitas vezes e usou o jejum como forma de protesto. Seus métodos fincados na desobediência civil e não-violência ganhou admiradores no cenário mundial e influenciou personalidades como Nelson Mandela, Martin Luther King e Albert Einstein.

Em sua vida, dois marcantes paradoxos. Símbolo do pacifismo, morreu de forma brutal, assassinado em Nova Déli por um hindu radical, Nathuram Godse, insatisfeito por Gandhi insistir em quitar dívidas com Paquistão. E o Mahatma foi indicado ao prêmio Nobel da Paz cinco vezes entre 1937 e 1948, mas jamais ganhou a homenagem.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Meu pai estar doente


Me pai sofreu uma AVC no dia 31 de dezembro e até hoje não retornou. Tenho medo dele estar lúcido e ouvindo tudo o que acontece na UTI. Que sofrimento estará passando. Ele sempre foi um homem ativo e que não gostava de depender de outra pessoa. Ao ver a situação fiquei arrasado e triste, por ele. Amo muito você papai.