terça-feira, 31 de outubro de 2017

Com a greve esvaziada sindicato tenta ocupar a Câmara de Vereadores.

           Continuando as ações radicais e mostrando intransigência a Diretoria do Sindicato dos Professores, acompanhados de 50 a 70 professores, invadiu pela manhã a Câmara de Vereadores e inviabilizou a realização da Sessão da Câmara.
          Com a greve considerada ilegal pela justiça e já esvaziada, a Diretoria tenta de todas as formas evitar uma derrota fragorosa, com multa por dias parados, corte de ponto e a possível demissão por justa causa quando completar 30 dias de ausência, é possível que termine até mesmo sem uma Assembléia Geral.
         Como última tentativa a Diretoria tenta aprovar a ocupação da Câmara de Vereadores pelos professores. 
     
Não acreditamos que a categoria vá aprovar uma ação irresponsável e inconsequente da Diretoria do Sindicato, que tenta apenas não sair derrotada e joga a categoria numa fogueira de cegueira e desespero,
       O resultado será profissionais sem uma parte do salário,  possíveis demissões e alunos sem aula, mostrando a irresponsabilidade de quem deveria preservar e proteger a categoria.
           

61.619 Motivos para Mudar

País convive com epidemia de violência que cobra atuação imediata, articulada e decidida do poder público. Enquanto o crime se organiza, Estado brasileiro se desmoraliza
Nunca antes na história tanta gente foi morta no Brasil. A epidemia de violência vem ganhando contornos nacionais, espalha-se por todas as regiões e agora caminha também para municípios menores do interior do país. Não dá mais para fingir que nada errado esteja acontecendo. Esta batalha tem que ser travada já.
A nova edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicada ontem, mostra que houve 61.619 mortes violentas intencionais no país em 2016. Aí estão incluídos homicídios, latrocínios e mortes decorrentes de conflitos com policiais, entre outros. É a maior marca documentada no país, com aumento de 4,7% sobre 2015.
Desde 2010, o total de mortes violentas no país vem crescendo de maneira contínua. Desde 2007, quando começa a série estatística do anuário, a alta é de 38%, o que significa que o total de mortes em um ano aumentou em 17 mil ao fim de uma década. Em termos relativos, agora são 29,9 mortes para cada 100 mil habitantes, com aumento de 3,8% no ano passado.
A dinâmica do crime se alterou, para pior. Os piores indicadores agora se concentram em estados do Norte e do Nordeste brasileiro: oito dos dez estados mais violentos estão lá. Em contrapartida, os maiores centros passaram a registrar os resultados menos catastróficos. Na média nacional, as ocorrências diminuíram nas capitais (-4,3%) e aumentaram em cidades do interior.

A violência cresce na mesma medida em que a crise econômica e social do país aprofunda-se. É mais um subproduto da ruína patrocinada pelos governos do PT, mas não é sua responsabilidade exclusiva. O fracasso é de toda a nação, de todos os brasileiros. A solução, porém, está nas mãos do poder público.
A crise fez gastos com segurança caírem ainda mais no ano passado. Embora seja atribuição constitucional dos estados, a participação da União no combate ao crime é ridícula. Anote aí: R$ 42,78 foram aplicados per capita em segurança pública pelo governo federal em 2016. Dá 0,4% de todas as despesas realizadas no ano. Os fundos constitucionais continuam sendo mal utilizados.
Além disso, o combate à criminalidade está baseado em leis arcaicas, que vêm desde meados do século passado. As estratégias de policiamento também são obsoletas. Sobra truculência e falta inteligência, articulação e tecnologia para enfrentar organizações criminosas de caráter até transnacional, financiadas por tráficos pesados de toda natureza.
A violência nossa de todo dia exige estratégia articulada de atuação entre as polícias estaduais e maior participação da União, como cobraram, com razão, os 23 governadores e 2 vice-governadores em encontro com quatro ministros de Estado na sexta-feira, no Acre. Maior vigilância nas fronteiras, combate incessante ao tráfico de drogas, armas e munição. Só com uma política nacional, com participação decidida de todos os governos e interação com a sociedade, esta guerra poderá ser vencida.
Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela
 

ITV - Instituto Teotônio Vilela - SGAS 607 Edificio Metropolis Sala 30 - CEP: 70200-670 - Brasília-DF
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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A Verdade sobre os ataques dos professores

Bom Dia !!!






               A postagem "A verdade sobre a greve dos professores de Maracanaú" gerou diversos debates nas Redes Sociais. Algumas desprezíveis e jogadas imediatamente na lata do lixo, outras interessantes e muitas apaixonadas e mostrando que aqueles que deveriam levar à sala de aula os conceitos de humanismo, do contraditório, de aceitar o oposto, do debate com respeito, pregavam o ódio, a falta de respeito e a vingança pura.
                No lugar de debater as idéias e informações passaram a denegrir o autor do texto, no caso, eu aqui. Procuraram meu contra cheque no Portal da Transparência e publicaram o que já era público e ainda, numa total falta de conhecimento divulgaram informações falsas.
                  Sou Concursado da Prefeitura Municipal de Maracanaú, fiz o concurso a pedido da minha Mãe, que queria que eu tivesse algo fixo para a aposentadoria. Eu prefiro ser livre para trabalhar onde for melhor. 
            Sou originário da Secretaria de Educação e ocupo no momento o Cargo de Assessor Especial de Governo na Secretaria de Governo. Ocupei de 2013-16 o Cargo de assessor Especial de Comunicação Social. Antes já ocupei o Cargo de Assessor de Comunicação da Câmara de Vereadores e Diretor Geral da Câmara de Vereadores ( foram 13 anos no Legislativo ).
                   E para esses jovens professores, oriundos de outros municípios e que não conhecem nossa brilhante História como município, informo que foi Fundador do Movimento de Integração e Desenvolvimento de Maracanaú - MIDEMA, entidade que emancipou Maracanaú (1981-1984), assim, sou Emancipador de Maracanaú, tendo recebido com orgulho a maior comenda do município, a Medalha Almir Dutra e a Medalha da Assembléia Legislativa pelos trabalhos realizados pelo município.
                     Não existe acumulação de cargos, essa foi outra mentira divulgada, apenas estou a disposição de outra Secretaria.
                       Ao contrário dos difamadores, tenho serviços prestados ao município que amo e vivo com a minha família; Meu pai foi Agente da Estação Ferroviária de Maracanaú e estar enterrado no cemitério local, onde estarei no dia 02 de fevereiro, dia de finados e do aniversário do meu pai; minha mãe, é Professora do Estado aposentada e foi Diretora de Escolas no município.
                       Sou Escritor, fundador e Presidente da Academia Maracanauense de Letras, e tenho uma vida cultural  ativa no município.
                        Sempre acreditei que nossas crianças estavam bem entregues nas salas de aula,mas agora fiquei com a certeza que a categoria dos Professores não é bem representada pela entidade sindical,com dirigentes despreparados e divulgadores de mentiras, calunias e preocupados com o poder e manipulando os desejos financeiros dos novos professores,que em estagio probatórios ainda são colocados numa aventura que pode levar ao desemprego.
                    
                      

Crianças Infelizes



Educação pública oferecida à infância brasileira agrava desigualdade social e disparidades regionais. Estrutura desequilibrada de gastos prejudica foco necessário no ensino

Pobre do país em que o destino de seus cidadãos está mal traçado desde que entram numa escola pela primeira vez. Esta continua sendo hoje a condição da maioria das crianças brasileiras, submetidas a um sistema de educação pública que não consegue ensinar-lhes fundamentos mínimos de escrita, leitura e cálculo.
A constatação se repete a cada nova avaliação, seja que nível de aprendizagem estiver sendo aferido. Passam anos, e a educação no Brasil não avança. Pior, retrocede, até porque as demais nações estão progredindo, cientes de que ensinar hoje é o investimento mais rentável no amanhã.
Nesta semana, o Ministério da Educação divulgou resultados da ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização), aplicada a cada dois anos a crianças, a maioria com 8 anos ou mais de idade, ao fim do 3° ano do ensino fundamental. O retrato que emerge das nossas escolas públicas é desastroso.
Mais da metade dos alunos apresenta habilidades insuficientes de matemática (54,5%) e leitura (54,7%); em escrita, 34% estão nesta condição. Na outra ponta, 27% das crianças estão no nível "desejável", o mais elevado, de aprendizagem de matemática, 13% no de leitura e somente 8% no de escrita.
Embora os índices gerais sejam levemente melhores que os de 2014, não dá para dizer que tenha havido mudanças significativas no período, muito menos avanços. Ou seja, foram mais dois anos jogados no lixo.
A disparidade regional agrava o atraso. No Norte e no Nordeste, 70% estão em níveis insuficientes de leitura e matemática - um terço deles no degrau mais baixo da escala. Em estados do Sul do país, somente 12% e 13%, respectivamente, estão no patamar mais inferior. Minas Gerais tem o melhor resultado global. Ainda assim, o padrão de ruindade é geral.
Educação precisa ser a causa primeira de uma nação. Mais especialmente, a atenção deve ser posta na primeira infância, para que desigualdades de partida não se perpetuem ao longo da trajetória escolar e determinem o destino de toda uma vida. É assim que se promove de fato a igualdade de oportunidades - e não em forma de teses abstratas.
Situações como a da educação reforçam a necessidade de redefinir os custos, os investimentos e o desenho do Estado brasileiro. Enquanto gastos com folha de salários do funcionalismo e pagamento de aposentadorias e pensões continuarem crescendo, menos recursos haverá para ensinar bem crianças e jovens.
Mas não é apenas de mais dinheiro que nossas escolas precisam, até porque, proporcionalmente, o Brasil já gasta tanto ou mais do que países muito mais avançados neste quesito: 5,4% do PIB, ante 4,8% da média dos 35 países da OCDE. É de método, para o que uma base curricular nacional comum tende a ajudar, de condições de trabalho e aprendizagem, de melhor formação de professores. Nossas crianças e jovens não podem continuar sendo tratadas como reféns de ideologias - quaisquer ideologias.
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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

A Verdade sobre a greve dos Professores de Maracanaú

     








   
Como sabemos a Audiência de Conciliação entre a Prefeitura Municipal de Maracanaú e o Sindicato da Categoria terminou mantendo o impasse: A Prefeitura manietada pela Lei de Responsabilidade Fiscal não consegue oferecer uma proposta que leve a mais recursos para o já muito bom salario dos Professores ( média  de 4 a 5 mil reais).
    O sindicato luta desesperadamente para ter algum ganho, não pela categoria, e sim para não ser uma derrota para a já enfraquecida diretoria.
   As véspera de uma eleição e sem o Imposto Sindical o Sindicato precisa de força para atrair filiados e garantir os recursos para bancar as atividades politicas e a eterna candidatura a Vereadora da derrotada ex-presidente Vilani.

    A luta é desesperadora e quem sofre são os alunos, a família e os novos professores, que em estagio probatório  e com uma carreira pela frente, correm o risco de voltarem ao desemprego por participarem de uma greve ILEGAL,  constarem 30 dias de faltas e a não recuperação das mesmas.

    Em áudio no grupo da Rede Social do sindicato a ex-presidenta reconhece o esvaziamento da greve, chama os professores que estão nas escolas de covardes e solicita que todos tentem enganar os novos professores, afirmando que não vão sofrer nenhum problema.
    Esse é um ato irresponsável   e  mostra a utilização dos jovens professores como massa de manobra de um sindicato que entrou numa aventura e não sabe como sair.
      O que se pede de uma liderança sindical é responsabilidade com a categoria e não colocar os profissionais em risco, já que os mesmos não são números, possuem famílias
 e dependentes para criar.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Caixa de Surpresas

Em meio a grave crise, instituição financeira é mais um exemplo da interferência política e da partilha de nacos do poder no balcão de trocas para garantir a governabilidade
A Caixa Econômica Federal está na corda bamba. É mais uma empresa estatal detonada pela irresponsabilidade e pela predação que se disseminaram sob os governos do PT e que, infelizmente, ainda sobrevivem em certas áreas da atual gestão. Só uma robusta reforma do Estado será capaz de por fim à sangria.
O banco - que possuiu R$ 1,3 trilhão em ativos totais, terceiro maior entre as instituições financeiras do país, de acordo com o Banco Central - enfrenta sérias dificuldades para manter sua atuação nas áreas em que é mais relevante, a começar pelo financiamento habitacional, mas com presença marcante também na seara social.
Os empréstimos às pessoas físicas estão secando, ao mesmo tempo em que as linhas destinadas ao Minha Casa, Minha Vida sofrem com a falta de recursos, como relatou a Folha de S.Paulo na semana passada. Suas investidas no mercado de crédito no passado, com ímpeto turbinado pela matriz econômica petista, fragilizaram seus balanços, levando sua exposição a riscos a níveis perigosamente altos.
Em termos gerais, para se salvar a Caixa precisa de dinheiro novo. E não é pouco. A estimativa é de que seja necessário aportar R$ 20 bilhões para aprumar o banco, segundo O Estado de S. Paulo. Para comparar, equivale a cinco vezes o valor do lucro obtido pela instituição em 2016. Com cobertor cada vez mais curto, o governo federal não tem de onde tirar recursos para pôr na Caixa. De onde, então?
Mais uma vez, pode sobrar para o patrimônio do trabalhador. Nesta terça-feira o conselho curador do FGTS discute a possibilidade de emprestar à Caixa em forma de bônus perpétuos. Outra alternativa é o BNDES funcionar novamente como hospital e socorrer o banco. Nenhuma das opções é boa para uma instituição que se notabilizou como um dos polos mais ativos da "contabilidade criativa" petista.
A situação da Caixa contrasta com a de outra instituição financeira pública relevante, o Banco do Brasil. Em fins dos anos 90, o banco foi saneado e recebeu aporte do seu principal acionista, o Tesouro Nacional. Parte de seu capital foi pulverizado em bolsa e sua gestão, profissionalizada - ainda que não tenha sido suficiente para livrá-lo de todo da predação, como ficou patente no mensalão. A Caixa deveria seguir o mesmo destino.
A debacle da Caixa afeta diretamente a vida de milhões de brasileiros, uma vez que se trata do agente financeiro responsável pelo FGTS, pelo PIS e pelo seguro-desemprego. A instituição é apenas mais um exemplo, ainda que dos mais vistosos, de uma prática que precisa ser definitivamente sepultada no país: a da interferência política e da partilha de nacos do poder para garantir a governabilidade. Empresas públicas só se justificam se bem servirem ao povo, e não para serem usadas como moeda de troca no balcão da política miúda.
Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela
 

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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Greve esvazia e Prefeito concorda com antecipação da Audiência de Conciliação


O Prefeito Firmo Camurça concordou plenamente com a antecipação da Audiência de Conciliação para amanhã, as 14h,  no Fórum local.
  A Audiência de Conciliação estava agendada para a sexta-feira, 27/10, no mesmo horário e local.
 A Greve dos Professores Municipais já passa dos 20 dias, prejudicando os alunos e colocando em risco todo o ano letivo, além de já ter sido considerada ILEGAL pela Justiça Estadual e demonstrar o víeis totalmente politico.
  Com o desgaste da atual diretoria e tendo as eleições para renovação agora em dezembro a atual diretoria, que conduziu o processo dos recursos do FUNDEB de forma totalmente equivocada, inclusive chegando ao disparate de iniciar uma peleja jurídica com a APEOC,só viu uma saída para ficar bem com a classe: iniciar uma greve totalmente descabida e irresponsável.
     Segundo informações oficiais vem caindo o número de professores parados nas escolas, inclusive com Escolas Municipais com 100% de funcionamento e o apoio a greve diminui rapidamente.
      Nos últimos eventos somente entre 200 e 250 profissionais participaram e a tentativa de ocupação da Secretaria de Educação do Município foi um verdadeiro fiasco.

‘Sou liberal. Centro é a posição mais equilibrada’, diz Doria

MILÃO - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), viu na semana passada seu cacife eleitoral abalado após uma pesquisa mostrar um aumento da rejeição dos paulistanos às suas viagens pelo Brasil. “As viagens não são em busca de voto, mas de vantagens para a cidade de São Paulo”, disse o tucano em entrevista ao Estado, em Milão, onde cumpriu mais uma agenda internacional.
João Doria: O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), em Milão© Pedro Venceslau/Estadão O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), em Milão
Doria abordou os pontos sensíveis de sua pré-candidatura, mas sempre tomando o cuidado de negá-la. Ao mesmo tempo em que elogia o Movimento Brasil Livre (MBL), que se aproxima do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o prefeito rejeita o rótulo de “direita”. “Sou um liberal. A posição mais ao centro é a mais equilibrada”, afirmou.
Quanto aos temas tabus, o prefeito emite sinais trocados: evita se posicionar sobre casamento gay e se coloca contra a legalização da maconha e do aborto. Leia os principais trechos da entrevista:
Por que viajar tanto pelo Brasil se o senhor não é candidato à Presidência?
As viagens não são em busca do voto, mas de vantagens para a cidade de São Paulo. Independentemente das homenagens que recebo, e que educadamente agradeço, temos feito acordos operacionais com várias prefeituras. Sou vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos. Compete a mim fazer programas de integração com outras prefeituras.
Como explica essa rejeição às viagens detectada em pesquisa?
Normal. Na medida em que se explica que as viagens são em benefício da cidade, a rejeição gradualmente vai caindo. As pessoas vão entendendo que São Paulo não é uma província, mas uma cidade global. A rejeição tende a cair.
A cidade enfrenta problemas de zeladoria, como semáforos quebrados e mato crescendo em praças. São problemas que o Cidade Linda não resolve...
É preciso ter investimentos mais constantes para a zeladoria urbana. No caso dos semáforos, ficamos seis meses presos ou limitados pelas falta de uma licitação que deixou de ser feita na gestão anterior. O TCM (Tribunal de Contas do Município) durante quase três meses segurou esse processo. Nos próximos dias vamos lançar um programa, o “Semáforo Expresso”, que será feito por meio de motocicletas. Técnicos vão usar motos para chegar mais rapidamente aos semáforos com problemas.
Há um movimento que defende um controle maior sobre os museus, por causa da exposição do MAM. É a favor de algum tipo de regulamentação sobre o que pode ser exposto em museus?
Não sou. Sou contra a censura de qualquer natureza, mas é preciso ter cuidado e zelo. Naquele episódio de São Paulo, um museu sério como o MAM cometeu um erro de não colocar um monitoramento na porta da sala onde havia a performance do artista. Bastaria ter monitores orientando as pessoas. É preciso ter cuidado para não avançar nos limites da intolerância.
Qual sua posição sobre a legalização do aborto?
Sou contra, exceto nos casos em que a Constituição já prevê.
E sobre o casamento gay?
Esse é um tema que precisa ser estudado e avaliado. Tema de um debate mais profundo.
O que pensa do “escola sem partido”?
Escola é feita para ensinar, não para fazer política.
Descriminalização da maconha, uma bandeira do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso? 
Sou contra, embora respeite muito as posições do ex-presidente. Ele é um sábio, além de respeitável sociólogo.
Como seria sua relação com o MST se fosse presidente? E como seria sua tolerância com as invasões?
De diálogo. Invasão é crime. E como tal não pode ocorrer. O governo deve defender a propriedade.
O senhor é a favor da autonomia do Banco Central?
Totalmente a favor. É necessário. O Banco Central não pode ser monitorado pelo governo. No governo atual, esse é um bom exemplo de como ter um BC independente, com gestão eficiente.
Qual seria a política sobre a taxa de juros? 
Temos que ter câmbio flexível e autonomia do BC. Quero aproveitar para fazer um registro positivo em relação ao ministro Henrique Meirelles: a política econômica está sendo feita com zelo e cuidado. Não funciona ter política de juros com viés político.
O MBL, que é identificado com a direita radical, se afastou do senhor e se aproximou do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Começou a criticá-lo, algo que não fazia antes. Como avalia esse movimento? 
Essa é uma circunstância momentânea. Esse não é um movimento de todo o MBL, mas de alguns. O MBL cresceu muito. Hoje eles têm algumas frentes e vertentes, mas eu respeito muito o valor, a trajetória e aquilo que eles defendem.
Pesquisa também mostrou que parte do eleitorado tradicional do PSDB e seu migrou para Bolsonaro. Como explica isso?
Isso é cíclico. Amanhã pode mudar. Há um certo ciclo. Esses ciclos vão ocorrer várias vezes até outubro do ano que vem.
Então esse eleitorado não migrou para a direita mais radical?
Não. É uma circunstância momentânea e que vai mudar, talvez mais de uma vez.
A eleição de 2018 é melhor com ou sem o Lula?
Com democracia.
Está descartada a possibilidade de o senhor deixar o PSDB?
Não penso em deixar o PSDB. Não há razão concreta para isso. Recebi convites de outros partidos, o que me honrou muito. São partidos aliados e que me ajudam na gestão em São Paulo. A hora da política é no ano que vem.
O senhor é pré-candidato à Presidência?
Não.
Se Geraldo Alckmin pedir, aceitaria disputar o governo de São Paulo em 2018?
Toda solicitação que venha do governador Alckmin vai merecer meu respeito e atenção. Ele não solicitou. Se tivermos alguma conversa no futuro nesse sentido, qualquer ponderação e diálogo que envolva o governador Geraldo Alckmin terá a minha participação e meu interesse em atendê-lo.
Em Belém, o senhor disse que não é de direita, mas de centro. Foi uma maneira de se diferenciar de Bolsonaro?
Eu sou um liberal. A posição mais ao centro é a mais equilibrada para um País que precisa de paz e crescimento econômico.
Como enxerga esse discurso extremado do Bolsonaro?
Ele tem suas convicções. É um direito dele.
Estaria com ele no segundo turno? 
Apoio não se nega, se incorpora.
https://www.msn.com - Matéria original da MSN.

Oportunidades Jogadas no Esgoto



A falta de apoio mais explícito está vitimando o que o atual governo tinha de mais precioso: o ímpeto de levar as reformas adiante, sem as quais o país simplesmente desmorona
A crise política está custando mais caro ao país do que seria razoável. O governo federal está sendo levado a desidratar alguns dos principais pontos da sua agenda, seja para agradar aliados, seja para poupar capital político ou até mesmo por falta de maior ousadia. A pauta de concessões e privatizações é uma das que sofre maior revés neste momento. 
O vigor reformista está arrefecendo na mesma medida em que o presidente Michel Temer precisa assegurar sua permanência no cargo e os governadores passam a mover-se visando as eleições de 2018 e secundarizando o atendimento à população. A base de apoio no Congresso não ajuda, e parece mais disposta a pressionar por mais algum naco de benefício do que em votar temas de interesse do país, ainda que espinhosos. 
Há poucos meses o governo Temer anunciou a intenção de levar adiante a privatização e concessão de 18 companhias estaduais de saneamento. Em termos gerais, são empresas em sérias dificuldades financeiras e deficiente, para dizer o mínimo, capacidade técnica e operacional. Nestes estados, a cobertura de água e esgoto oferecida aos cidadãos é vexatória. 
Pois o calendário eleitoral e o interesse político parecem ter passado a preponderar sobre a imperativa necessidade de prover saneamento de melhor qualidade a mais brasileiros. Os editais de concessão devem ficar, na melhor das hipóteses, para o fim de 2018 e, pior, sete estados já declinaram do interesse de levar adiante a intenção de passar a prestação dos serviços para a iniciativa privada, reportou a Folha de S.Paulo no sábado. 
Nunca é demais lembrar que apenas 58% do esgoto gerado no país é coletado e meros 43% são tratados. Tudo indica que esta é uma situação que precisará aguardar um novo governo para ser enfrentada. Ou seja, as resistências em fazer o que precisa ser feito privarão a população, em especial a mais pobre, de melhores condições de vida. É a política vitimado a sociedade. 
Também na área aeroportuária o programa de concessões enfrenta adversidades. Para manter a Infraero - estatal que há muito não dá lucro e que nos últimos anos, a partir da passagem de seus principais terminais para operadores privados, tornou-se inviável -, o governo federal passou a cogitar desidratar a lista de ativos em oferta, retirando, por exemplo, o aeroporto de Congonhas do rol. 
Muitas das flexibilizações que a gestão Temer está tendo que fazer para se segurar no comando do país talvez não fossem necessárias caso o presidente pudesse ter contado com uma base mais coesa no Congresso. A falta de apoio mais explícito está vitimando o que o atual governo tinha de mais precioso: o ímpeto de levar as reformas adiante, sem as quais o país simplesmente desmorona. 
Talvez ainda haja tempo de salvar algumas propostas e assegurar alguns avanços, por menores que sejam. Há 14 meses pela frente que não podem ser desperdiçados. Quanto menos for realizado agora, mais árdua será a vida do próximo governo. Quem quiser consertar os estragos legados pelo caos petista tem que começar já e não ficar aguardando 2019 chegar.
Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela
 

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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Estão abertas as inscrições para o 1º Hackathon da Casa da Cultura Digital de Fortaleza,

Maratona de programação terá como tema "Soluções Inovadoras para Bares e Restaurantes”

Estão abertas as inscrições para o 1º Hackathon da Casa da Cultura Digital de Fortaleza, com o tema "Soluções Inovadoras para Bares e Restaurantes”. O evento é uma realização do Governo do Ceará, por meio da Secitece, em parceria com a Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova) e Consultoria Rodrigo Tavares.

As inscrições são gratuitas e vão até o dia 27/10. O formulário de inscrição e o edital estão disponíveis no site da feira: www.sct.ce.gov.br/feiradoconhecimento, na aba "Hackathon". Podem participar pessoas a partir de 16 anos. A atividade acontecerá nos dias 28 e 29/10, no Centro de Eventos do Ceará.

O termo “hackathon” refere-se à maratona de programação na qual os participantes se reúnem para explorar dados abertos, desvendar códigos e sistemas lógicos, discutir novas ideias e desenvolver projetos de software ou hardware.
O 1º Hackathon da Casa da Cultura Digital de Fortaleza terá como finalidade promover, reconhecer e divulgar soluções desenvolvidas na atividade e que tenham potencial inovador. Os primeiros lugares serão premiados.
Sobre a Feira do Conhecimento

De 26 a 29/10, Fortaleza será palco do maior evento de Ciência e Tecnologia do Ceará. A Feira do Conhecimento terá cerca de 100 expositores e a expectativa é receber 10 mil visitantes nos quatro dias, com entrada gratuita. Na programação, destaque para atividades de robótica, games, empreendedorismo, educação, tecnologia, inclusão digital e muito mais.

As inscrições para participação podem ser feitas no site da feira: www.sct.ce.gov.br/feiradoconhecimento.

Serviço:
1º Hackathon da Casa da Cultura Digital de Fortaleza, dentro da programação da Feira do Conhecimento

Data: 28 e 29 de outubro
Local: Centro de Eventos do Ceará - Pavilhão Oeste (Av. Washington Soares, 999 – Edson Queiroz | Fortaleza/CE)
Inscrições: até dia 27/10, no site www.sct.ce.gov.br/feiradoconhecimento, na aba "Hackathon"

sábado, 21 de outubro de 2017

Sete dicas para ajudar você a editar o seu Romance

 Por Derek Murphy

Este texto foi publicado originalmente no site da Amazon.

Antes de colocar seu romance no mundo, é necessário limpá-lo. E bastante, 
provavelmente. Erros gramaticais, ortográficos e de digitação são 
imperdoáveis para autores e, ainda assim, muito comuns. Todos cometem erros.
Um bom editor sempre fará melhorias, mas ele não mudará ou reescreverá a 
história para você. Eles podem identificar furos de enredo cruciais ou 
problemas de desenvolvimento de personagem, mas não podem corrigi-los.
Mesmo que você não possa pagar um editor profissional, é sempre bom ter uma 
outra pessoa para dar uma olhada no seu manuscrito. Mas antes de dar seu 
manuscrito para outra pessoa ler, você deve limpá-lo da melhor forma 
possível e saber que os leitores perdoarão a maioria dos erros se você 
contar uma história interessante. As sete dicas a seguir estão relacionadas 
com tendências que eu tenho observado em novos autores. Usa-os como uma 
lista de verificação e você conseguirá fortalecer sua escrita.
1. Crie conflito e simpatia primeiro.
Seu livro precisa conflito e seu personagem principal deve gerar simpatia 
desde o início. Precisamos torcer, sentir pena e criar afeto pelo personagem 
principal e odiar os oponentes. É preciso ter um vilão, uma fonte de 
conflito ou um problema - alguém que, por algum motivo, faça o protagonista 
se sentir mal. O protagonista deve duvidar de si mesmo, de forma que através 
da história possa obter auto-confiança e segurança existencial. Não importa 
o quão legais são as cenas de ação, se não soubermos para quem devemos 
torcer, se não sentirmos uma conexão emocional com o resultado, nós não nos 
importamos. Antes de saber quais personagens são bons e maus, quando todos 
são estranhos para mim, eu não me importaria se algum deles fosse atingido 
por um ônibus, o que significa que não estou interessado na sua história. 
Antes explodir coisas e criar cenas épicas, os leitores precisam conhecer, 
amar e se importar com seu protagonista.
2. Comece pela ação.
Quase todas as cenas/capítulos precisam começar no meio da ação. Corte todas 
as cenas de preparação. Corte explicações, plano de fundo, exposição e 
descrição da cena. Inicie no meio de um diálogo tenso. Comece com uma fala 
que chame a atenção. Comece com closes, focos e zooms em gotas de sangue, 
suor e lágrimas. Chame atenção primeiro e, em seguida, desenvolva a história 
do plano de fundo, preencha os detalhes, desacelere e estabeleça o próximo 
grande conflito.
3. Personagens críveis não ficam alternando emoções extremas.
Normalmente, as pessoas riem quando estão felizes. Elas ficam sem paciência 
e sarcásticas quando estão bravas. Mas raramente "choram estericamente", 
"gritam incontrolavelmente" ou "tremem visivelmente". As pessoas geralmente 
não deixam que suas emoções saiam do controle, especialmente quando estão 
perto de um grupo grande de pessoas. Além disso, elas não costumam ficar 
intensamente eufóricas e, logo em seguida, mortalmente deprimidas por 
qualquer problema. Na verdade, geralmente as pessoas não reagem quando 
coisas ruins acontecem, elas ficam em choque. A emoções se dissipam e quando 
têm tempo para processar o que aconteceu, elas sofrem. Então, verifique com 
que frequência seu personagem principal (ou qualquer personagem) chora, 
soluça, grita, treme, etc. Experimente retratar reações emocionais intensas 
de uma forma sutil.
4. Conheça a sua gramática.
São as coisas mais básicas que costumamos errar: Mas/Mais, Mal/Mau, etc. 
Mesmo que consiga soletrar palavras enormes de trás para frente, você errará 
as coisas mais simples. Use a função pesquisar/localizar para encontrar 
esses homófonos um por um e verificar todos eles. Se você percebeu que 
cometeu outro erro, pesquise por ele, provavelmente você o cometeu mais de 
uma vez. Além disso, é comum existirem "pedaços ruins" no texto, então se 
você encontrar um erro, edite novamente esta seção, pois é provável que haja 
mais erros por ali.
5. Tome cuidado com os advérbios.
Advérbios são malvados. Eles deixam você preguiçoso. Sempre que você 
expressa algo que alguém fez ou como o fez adicionando um -mente ("disse 
animadamente", "saiu decididamente", "rezou ardentemente", etc.) você está 
perdendo a oportunidade de escrever com elegância e indo pelo caminho mais 
fácil. Muitas destas frases serão insignificantes (como "riu alegremente"), 
ou confusas. Então, use seu botão pesquisar/localizar e busque pelo termo 
"mente". Ele é realmente necessário? Há outra maneira de demonstrar como o 
personagem fez algo sem usar um advérbio?
"Disse animadamente" = "disse, um sorriso se insinuou nos cantos de sua boca 
e seu corpo estremeceu, enchendo-se de expectativas".
"Saiu decididamente" = "e sumiu do quarto, batendo a porta atrás dele".
Seriamente: pesquise cada um e tente eliminar todos eles.
Correção: Ok, nem todos. Alguns advérbios são aceitáveis. Mas elimine os 
muito ruins que não têm significado algum. Tome cuidado com essa tendência 
que faz com que eles sejam usados de maneira ruim, para que quando você 
decida usá-los, você o faça bem, com o objetivo de aprimorar sua escrita.
6. Use exclamações com moderação.
Agora usar a função localizar/substituir e pesquise "!" e "?!". Isso está 
ligado com a alternância exagerada de emoções: a maioria das pessoas não 
grita ou exclama por qualquer acontecimento inesperado no dia a dia. Isso 
significa que quase não é necessário usar pontos de exclamação. Percebi que 
muitos autores independentes tem personagens que dizem coisas como "Como 
ousa!!!" ou "Você está louco?!?!". Excesso de pontuação não substitui uma 
boa escrita. Não só é desnecessário, mas geralmente é usado para mascarar 
diálogos fracos. Então, pesquisar por "!" pode indicar diálogos medíocres 
que precisam ser fortalecidos.
7. Faça com que a fala do narrador se encaixe na cena.
A não ser que você esteja escrevendo uma narrativa em primeira pessoa, o 
narrador deve ser invisível. Quando você usa palavras grandes, estranhas, 
extravagantes ou incomuns, isso interrompe a ação e chama a atenção para o 
narrador. Isso geralmente acontece com repetição: li um romance recentemente 
e percebi que a palavra "comprar" foi usada no sentido de "ganhar força". Na 
primeira vez que eu achei um pouco estranho. Na terceira vez, isso tinha 
realmente tirado minha atenção da narrativa. É normal que você tenha 
palavras favoritas que gosta de usar, mas quando você decide usar uma 
palavra sofisticada no lugar de uma comum, ela se destaca. Os personagens 
podem usá-las em diálogos, mas você não precisa.
Uma ferramenta online bacana que você pode usar para verificar a frequência 
de todas as palavras que você usou em seu livro é a Textalyzer.net. Basta 
colar seu texto e verificar as palavras mais utilizadas para ver se você tem 
algum hábito ruim que deve eliminar.

A Batalha do Emprego

Fatores como queda da inflação, diminuição da taxa básica de juros e aumento dos saldos comerciais estão ajudando a reanimar a atividade produtiva e reativar as contratações
O principal objetivo das medidas econômicas deve ser prover bem-estar para a sociedade, melhores condições de vida e conforto para os cidadãos. A alavanca fundamental para isso é que as pessoas tenham uma ocupação, possam produzir e se realizar. Assim, gerar empregos deve ser o item número um da agenda de qualquer governo em situações de recuperação econômica.

No caso brasileiro, esta preocupação é levada ao extremo, para o topo do topo das prioridades. Afinal, a partir do início de 2014 o país mergulhou na pior recessão da sua história. O resultado mais aberrante da crise foi o empobrecimento geral da população e o mais doloroso, o surgimento do maior exército de pessoas desempregadas que o país já conheceu.
Entre fins de 2014 e o primeiro semestre deste ano, o número de pessoas sem emprego mais que dobrou, até atingir 14 milhões de brasileiros, em março passado. Desde então, começou a cair, naquela que pode ser considerada uma das mais aguardadas reversões da herança tóxica deixada pelo PT - o resultado do mercado de trabalho em 2016 foi o pior em 40 anos, conforme a Rais divulgada ontem pelo Ministério do Trabalho. Hoje são 13,2 milhões, conforme o IBGE.
Os números positivos começam a se disseminar pelo mercado formal de trabalho. Pelo sexto mês consecutivo, a economia brasileira mais abriu do que fechou vagas com carteira assinada. Foram 34,4 mil em setembro, o que levou o acumulado no ano a 209 mil, de acordo com números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) também divulgados ontem.
Desde 2014, setembro não registrava excedente de empregos - um ano atrás, o país fechara quase 40 mil postos no mês. Mais positivo ainda é que a indústria tem sido o setor responsável por puxar os resultados para cima: respondeu por 75% do saldo no mês. Em termos regionais, o Nordeste liderou as contratações, um aspecto novo na recuperação.
O saldo em 12 meses ainda é bastante negativo (-466 mil, um terço do registrado em setembro de 2016), mas o mercado de trabalho ensaia terminar 2017 muito melhor do que começou. Há chance de o país fechar o ano com o primeiro resultado positivo em termos de geração de empregos desde 2014.
A recuperação econômica, e a consequente geração de novas oportunidades de trabalho, é tributária de algumas importantes reversões promovidas pelo atual governo a partir de maio de 2016.
Fatores como queda acentuada da inflação, diminuição consistente da taxa básica de juros e aumento dos saldos comerciais ajudaram a reanimar a atividade, reavivar o consumo e, consequentemente, reativar as contratações na indústria e no comércio. As mudanças decorrentes da reforma trabalhista tendem a ser mais uma dessas alavancas.
A questão é que a ruína petista nos levou a poço tão profundo que vai levar tempo longo, muito longo até que as perdas sejam revertidas, como ilustra levantamento feito pelo Iedi publicado na edição de hoje de O Globo. O estrago mais severo e duradouro é sobre os investimentos, que vão levar dez anos (a "década perdida" petista) para se recompor - isso numa hipótese quase irrealista de tão rósea. É nestes setores de ponta que a retomada da geração de emprego é mais renitente.
Nenhum gestor público pode se considerar satisfeito enquanto não ver a chaga do desemprego curada. A desocupação alimenta o desalento e suscita ainda mais a violência e a criminalidade. A luta pela geração de trabalho e renda e a inclusão de mais e mais famílias no mercado deve ser travada sem trégua. Até que, enfim, chegue o dia em que a batalha seja vencida.
Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela
 

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REDE Ceará responde a truculência de Ciro Gomes.








A Rede Sustentabilidade Ceará vem a público repudiar as declarações que o pré-candidato a presidência pelo PDT, Ciro Gomes, fez a Porta Voz Nacional da REDE, Marina Silva, ontem durante um almoço com empresários na FIRJAN, no Centro do Rio de Janeiro. Ciro inicia sua fala informando que não vê Marina com apetite de ser candidata, com esta afirmativa, Ciro parece desconhecer a própria lei eleitoral que proíbe a realização de propagandas eleitorais antecipadas, e que o momento é de uma análise profunda dos diversos problemas enfrentados pelo país, para que seja elaborado um Programa de Governo capaz de apontar as reais saídas para tais problemas.
Na sequência, Ciro culmina com uma afirmativa desastrosa afirmando que "o momento é de muita testosterona", uma declaração preconceituosa que merece todo o nosso repudio, traçada de características de cunho machista e completamente divergente das campanhas mundiais de incentivo ao ingresso da mulher na política. Sim, Ciro, o momento é muito agressivo, e esta é mais uma razão para termos Marina como presidenciável, pois ela tem equilíbrio e resiliência, além de admirada e premiada internacionalmente, atributos estes que faltam na maioria dos que se colocam como pré-candidatos.
A REDE Ceará lamenta este fato e espera a hombridade de Ciro em rever seu posicionamento. E assim, nos solidarizamos a Marina e a todas as mulheres, ratificando que a REDE tem a plena convicção da importância que as mulheres podem dar para a ampliação da democracia de forma a melhorar a qualidade da política brasileira.
Lugar de mulher é onde ela quiser! E se ela quiser, e os eleitores também, na Presidência da República.
Fortaleza-CE, 20 de Outubro de 2017.