sábado, 7 de outubro de 2017

O meio de transporte do presente e do futuro

A bicicleta tem se tornado um importante meio de transporte para muitas pessoas que vão para o trabalho, para a faculdade ou até mesmo se divertir. Vários fatores explicam o crescimento do uso das bicicletas como, por exemplo, a chance de escapar do trânsito, economizar dinheiro e ajudar o meio ambiente. No entanto, as grandes cidades do País estão com mais carros a cada ano, a frota de veículos mais que dobrou de 2001 até 2012, de acordo com O Dia.
Sem uma alternativa haverá colapso no trânsito das grandes cidades nos próximos anos que chegará ao meio ambiente e afetará ainda mais a saúde da população. A quantidade desenfreada da contaminação do ar promovida também por veículos automotores pode causar a morte de rios e lagos, acidificação do solo e da água, chuvas ácidas, destruição da camada de ozônio, escurecimento da atmosfera e, principalmente, o aumento do efeito estufa, como mostra o Ecycle. Para os seres humanos gases como o monóxido de carbono pode provocar falta de ar, queimação na garganta e doenças cardiovasculares, segundo o relatório da ONU, em 2016. Conheça a lista do Ministério Do Meio Ambiente sobre poluentes atmosféricos
Por outro lado, o uso da bicicleta traz diversos benefícios para a natureza diminuindo a emissão de gases poluentes reduzindo o efeito estufa e a temperatura do planeta. Já para as pessoas melhora o condicionamento físico, perda de peso, ajuda a equilibrar a pressão, trabalha a confiança, combate o estresse, além de ajudar a prevenir doenças crônicas como a obesidade, colesterol alto e hipertensão.

Malha cicloviária

Com o aumento do uso da bicicleta pelos brasileiros, conforme reportagem do Jornal Nacional, houve a preocupação se o número de ciclovias existentes poderia suprir a quantidade de pessoas que utilizam bicicletas. Uma matéria do G1 mostra que a malha cicloviária brasileira mais que dobrou nos últimos três anos passando de 1414 km em 2014 para 3009 km em 2017, porém de maneira desordenada, sem repensar a estrutura das grandes cidades, sem uma política estabelecida. Nos exemplos nacionais, São Paulo tem a maior (498,4 km) e Macapá a menor (11,9 km) malha cicloviária.
Mesmo com o aumento elas correspondem a apenas 2,8% da malha viária em todo o País, pouco em comparação com países mais desenvolvidos como a Holanda, um exemplo na criação de ciclovias e utilização de bicicletas, ou a Alemanha.

Holanda, um exemplo a seguir

O Brasil deveria se espelhar no modelo holandês que mudou o pensamento na década de setenta em favor das bicicletas devido ao entupimento das cidades por carros, a poluição causada e ao grande número de mortes no trânsito. Em 1971, houve 3300 mortes no trânsito, sendo mais de 400 crianças. Desde, então, o País pensou de forma planejada e ordenada na introdução das bicicletas como meios de transporte cotidianos e das ciclovias na vida dos motoristas, fazendo da Holanda o país com mais bicicletas no mundo e modelo na utilização delas. Tanto que inaugurou o maior estacionamento de bicicletas do mundo, este ano.
É preciso pensar, a exemplo da Holanda, num modelo de incentivo ao uso das bicicletas. Além de diminuir a quantidade de carros nas ruas, melhorar o trânsito nas cidades e reduzir a poluição outro benefício será a redução do número de acidentes no trânsito.
 O Acordo de Paris de 2015 foi criado justamente para reger medidas de redução de dióxido de carbono a partir de 2020 e foi assinado por 195 países, entre eles os maiores poluidores do mundo como China, Índia, Japão, Rússia, Alemanha, Brasil, Canadá, Coreia do Sul e México. Os Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, resolveu sair do Acordo, o que gerou críticas de diversos países.
Fontes: Vá de Bike, O Dia, DW Brasil, G1, Ecycle, Ministério do Meio Ambiente, ONU, Jornal Nacional, Correio Braziliense, IG, Ducs Amsterdam, Casa Vogue, Correio Braziliense, Super Interessante e Estadão.

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