quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Sérgio Moro firme e convicto no Roda Viva



No centro do Roda Viva o ministro Sérgio Moro rechaçou a acusação de ter atuado de forma parcial como juiz. “Ali houve um monte de bobajerada”, afirmou sobre suas trocas de diálogo publicadas pelo Intercept Brasil. “Foi usado para tentar soltar criminosos presos, enfraquecer politicamente o Ministério da Justiça.” Mantido sob pressão pelos entrevistadores no programa que marcou a estreia no comando da jornalista Vera Magalhães, Moro também disse não ter manipulado a política ao vazar um áudio de conversa entre a então presidente Dilma e o ex-presidente Lula. “O que me foi informado à época é que existia uma suposta tentativa de obstrução de Justiça”, ele afirmou. “Se ia ter reflexo ou não depois não é decisão do juiz.” Dentre os críticos da decisão está o ministro Gilmar Mendes que, por conta do áudio, naquele dia suspendeu por liminar a nomeação de Lula para a Casa Civil. “Não houve manipulação”, rebateu Moro. “Ele tomou a decisão dele à época, ele que assuma a responsabilidade.” Demonstrando mais segurança do que em entrevistas passadas, o ministro se desviou de criticar o presidente Bolsonaro. “Existe um chefe do Executivo e uma cadeia de comando. Algumas decisões são do presidente e cabe aos ministros implementar”, disse, sobre os casos em que foi contrariado. Perguntado sobre sua expectativa de ocupar uma vaga no Supremo, também desconversou. “Acho inapropriado discutir isso sem que haja vaga no STF”, disse. (Poder 360)

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