quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Ibope: Bolsonaro cresce, Marina mantém 2º Lugar.





A segunda pesquisa Ibope encomendada por TV Globo e Estadão, divulgada ontem à noite, é a primeira realizada apenas com um cenário — o real, no qual Fernando Haddad é o candidato do PT. Nela, todos os candidatos no batalhão dos com chance crescem um quê, com duas notáveis exceções. Marina Silva e Alvaro Dias estagnaram. Nenhum dos outros, porém, cresceu tanto quanto o pedetista Ciro Gomes, que avançou três pontos e empatou com Marina na segunda colocação. Houve também outro crescimento que indica um ponto de atenção para Geraldo Alckmin: João Amoêdo, do Novo, foi de 1% a 3, empatando com Alvaro Dias. Não é só do tucano que Amoêdo tem o potencial de tirar votos — também os tira de Bolsonaro. Mas, líder, Bolsonaro está confortável. É Alckmin quem precisa galgar ainda vários degraus para chegar ao segundo turno, e o candidato do Novo tem o potencial de conter este crescimento. Os questionários do Ibope circularam entre sábado e terça-feira, por isso refletem muito pouco o impacto dos programas de TV.
Os números: Jair Bolsonaro está à frente com 22%, seguido de Marina e Ciro com 12%. Alckmin tem 9%, Haddad 6%, Alvaro e Amoêdo 3%. Em relação à pesquisa da semana passada, Ciro subiu 3%, Bolsonaro, Alckmin e Haddad subiram 2% e, Amoêdo, 1%. Em um segundo turno, Ciro, Marina e Alckmin venceriam Bolsonaro com bastante tranquilidade. O candidato militar teria chances apenas contra o PT, 37% contra 36% de Fernando Haddad, num empate técnico.
Bernardo Mello Franco: “A nova pesquisa trouxe duas notícias para Bolsonaro. A primeira é boa: ele se consolidou como o grande beneficiário da prisão de Lula. O capitão marcha sozinho na liderança. A outra é desanimadora: sua rejeição disparou. Há duas semanas, 37% dos entrevistados rechaçavam o capitão. Agora o índice chegou aos 44%.” (Globo)
Vera Magalhães: “Dos dez pontos que migram do bloco de brancos, nulos e indecisos e dois que saíram dos nanicos, é possível dizer que Bolsonaro abocanhou dois pontos, enquanto candidatos do pelotão intermediário cresceram dez, numa demonstração de que há espaço para um voto moderado.” (Estadão)
Gerson Camarotti: “Os votos de Lula não são transferidos automaticamente a Haddad. Ciro aparece com crescimento de 3% e com subida significativa no Norte e no Nordeste – regiões que, tradicionalmente, dão votos ao ex-presidente – e também no Centro-Oeste. Essa pulverização de votos de Lula já gerou um alerta em setores do PT que temem um prolongamento da estratégia da legenda de esticar ao máximo a candidatura do ex-presidente com recurso ao STF.”


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