Há algum tempo, uma livraria paulistana lançou um comercial em que dizia que o “formato” da literatura – se ebook, livro impresso ou audiobook – era absolutamente irrelevante – desde que se “consumisse” as letras.
Isto posto, é fácil imaginar que toda superfície, digital ou física, poderia servir de suporte para contos, poesias ou romances que tem o fundamental papel de nos fazer viajar para os mais distantes universos.
Transformando o conceito em algo mais prático, Diovani Mendonça criou, há alguns anos, o Projeto Pão e Poesia.
A mecânica é a seguinte: cerca de 400 alunos de escolas públicas de Belo Horizonte participaram de “oficinas de sensibilização poética”, incluindo diversas aulas de leitura e escrita.
O resultado desse aprendizado foi um conjunto de poesias escritas por eles e que foram em seguida selecionadas para integrar as “embalagens literárias”. Estas, por sua vez, incluíram uma mescla entre as poesias dos estudantes e de escritores já consagrados como Affonso Romano de Sant’Anna, Fernando Brant e Líria Porto, sendo distribuídas por diversas padarias mineiras.
Na prática, o projeto – que já recebeu dois prêmios do Ministério da Cultura – acabou cumprindo dois papéis de fundamental importância para a cultura brasileira: estampar literatura em mais de 250 mil embalagens de pão e incentivar o hábito de escrever entre centenas de estudantes.
Parabéns ao projeto e ao seu idealizador!
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