sexta-feira, 17 de abril de 2020

Artistas e a Covid-19





Com 20 e poucos anos, um Orson Welles pré-Hollywood dirigiu uma turnê teatral financiada pelo Works Progress Administration (WPA). A peça era Macbeth, de Shakespeare, com um elenco todo afro-americano. Ativo de 1935 a 1943, o WPA foi um programa do New Deal projetado para oferecer aos norte-americanos trabalho remunerado durante a Grande Depressão. Também foram organizados programas de trabalho para milhares de artistas plásticos, músicos, escritores, artistas de teatro e historiadores. Seu legado foi além de dar trabalho ao pessoal da cultura. Sobre os programas gerais de empregos do WPA, Nick Taylor escreveu o livro American Made: The Enduring Legacy of the WPA -- When FDR Put the Nation to Work. (“Feito na América: o legado duradouro do WPA - Quando FDR colocou a nação para trabalhar”, em tradução livre).
Pois é... artistas podem precisar de programas similares. No mundo das artes, as perdas de vagas foram brutais por conta da pandemia. Deana Haggag, presidente da United States Artists (USA), disse à CNN que há algumas semanas ficou claro para ela que "a maioria das organizações culturais seria fechada". Sua organização, com outras seis sem fins lucrativos, anunciou, então, um programa de subsídios colaborativos de US$ 10 milhões chamado Artist Relief. O grupo está oferecendo doações de US$ 5 mil por semana a pelo menos 100 artistas, entre eles poetas, arquitetos e tecelões.
Por aqui, a União Brasileira de Compositores (UBC) lançou um fundo de ajuda financeira para os seus associados em parceria com a plataforma de streaming de música Spotify. A iniciativa integra o projeto global Spotify Covid-19 Music Relief.

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