sábado, 21 de março de 2020

Quando a florada de maio chegar!


Quando a florada de maio chegar
E poder abraçar meu irmão
Vou retirar a máscara, e prometo que nunca mais vou usá-la
E vou ajoelhar minha alma quando ver um caído
Vou sorrir um sorriso largo quando um estranho sorrir
E vou andar nas praças, nas ruas, respirando o mesmo ar dos irmãos
Não sou diferente, minha roupa cara, meu relógio digital, minha pulseira de ouro, meu brinco de diamante, meu carro do ano, não fazem diferença
Não pode usá-los, expor pra quem, mostrar a quem, eu estava lá num canto, acuado, suando entre lençóis e o líquido mais importante nem era a champanhe, o vinho francês ou o whisky 12 anos
Era sim um líquido inodor e numa simples garrafa plástica
Quando a florada de maio chegar vou tentar agarrar a vida e de mãos dadas recomeçar.


Allan Kardec Marinho, 20/03/2020, em quarentena

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