quinta-feira, 2 de julho de 2020

Uma nova vacina mostrou resultados positivos com voluntários humanos


Uma nova vacina, desenvolvida pela empresa de biotecnologia BioNTech em parceria com a farmacêutica Pfizer, mostrou resultados positivos ao estimular a produção de anticorpos nos primeiros testes com voluntários humanos, informaram as empresas. As pessoas que receberam duas doses da vacina desenvolveram níveis mais altos de anticorpos quando comparado a pacientes que tiveram contato com o vírus. No entanto, ainda não é possível afirmar se a quantidade é capaz de gerar imunidade à doença.
Apesar da verificação de uma resposta imune, efeitos colaterais como febre, dor de cabeça e fadiga foram relatados em ao menos 50% dos pacientes que receberam uma segunda dose. Os sintomas se manifestaram, geralmente, de forma leve e transitória. Mesmo assim, as empresas já garantem produção em larga escala para 2021.
Há, ainda, a vacina da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, chegando à fase 3 de pesquisas e em testes no Brasil. Segundo uma das cientistas, a equipe tem obtido o tipo certo de resposta imune em testes. Sarah Gilbert, professora de vacinologia da universidade, afirmou que 8 mil voluntários foram recrutados para a fase 3 do teste da vacina AZD1222, mas não afirmou quando ela estará pronta.
E foram definidos os 12 centros de pesquisa que farão os testes da vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan. Segundo o governador de São Paulo, João Dória, os testes serão realizados em 9 mil voluntários.
Por falar em ciência, um estudo sugere que pessoas com testes negativos para anticorpos contra o coronavírus ainda podem ter alguma imunidade. Pesquisadores do Instituto Karolinksa, na Suécia, testaram 200 pessoas para anticorpos e células T. Para cada uma que testou positivo para anticorpos, duas foram encontradas com células T específicas que identificam e destroem células infectadas. Isso foi observado mesmo em pessoas que tiveram casos leves ou sem sintomas de Covid-19. Mas ainda não está claro se isso apenas protege esse indivíduo ou se também pode impedir a transmissão. O professor Danny Altmann, do Imperial College de Londres, descreveu o estudo como "robusto, impressionante e completo".

Nenhum comentário: