sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Pesquisa aponta que Bolsonaro e Moro empatam em 41% das preferências.

 

Se as eleições presidenciais fossem hoje, Jair Bolsonaro chegaria à frente no primeiro turno, com 38% dos votos. Uma vantagem de 24 pontos sobre o petista Fernando Haddad, que teria 14%. Em terceiro estaria Sérgio Moro, com 10%, então Ciro Gomes, com 6%. Luiz Henrique Mandetta teria 5%; João Doria, 4%; e Flávio Dino, 3%. É cedo, evidentemente, para prever 2022. Mas, de acordo com o PoderData, num segundo turno Bolsonaro venceria Haddad com conforto, por 42% a 34%. O mesmo não se daria se o adversário fosse Moro — é que 62% dos eleitores de Haddad votariam no juiz da Lava Jato, caso ele chegasse ao segundo turno. Neste cenário, a eleição é imprevisível. Bolsonaro e Moro empatam em 41% das preferências. (Poder 360)

Merval Pereira: “A eleição presidencial de 2022 pode ser a mais interessante dos últimos tempos, pelo menos em termos de sociologia política. Poderão se enfrentar nas urnas o ex-juiz Sérgio Moro, que condenou Lula, o ex-presidente, que teria conseguido deixar de ser ‘ficha-suja’, e o presidente Bolsonaro, adversário circunstancial de Moro e inimigo figadal de Lula. Está nas mãos do Supremo o destino do quebra-cabeças eleitoral que definirá a corrida presidencial de 2022, que já está em curso.

 A situação é mais do que retórica, é real, a começar pela possibilidade, cada vez mais concreta, de o ex-juiz Sérgio Moro ser considerado parcial nos julgamentos em que o ex-presidente Lula foi condenado. Caso seja considerado suspeito pela Segunda Turma, o processo do triplex do Guarujá, o único em que Moro foi responsável por condenar o petista, será anulado, o que provavelmente levará à anulação de outros dois processos, o do sitio de Atibaia, em que Lula foi condenado pela Juíza Gabriel Hardt, e o do Instituto Lula, que está em andamento com o Juiz Luiz Antonio Bonat.” (Globo)

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