sexta-feira, 13 de julho de 2018

A Copa chega ao fim.







Foi bom enquanto durou, mas chega ao fim neste domingo a Copa do Mundo 2018. Sem hexa. Mas para os amantes do futebol, quatro seleções ainda fazem neste fim de semana os dois grandes jogos que encerram o Mundial. Amanhã, às 11h, o duelo é entre Bélgica e Inglaterra. É o jogo que ninguém queria jogar: vale o troféu de terceiro. Mas pode sair dessa partida a Chuteira de Ouro da Copa. O inglês Harry Kane, com seis gols, e o belga Romelu Lukaku, com quatro e uma assistência, estão entre os favoritos.
Já no domingo, ao meio-dia, brigam na final França e Croácia. Elas traçaram caminhos bem diferentes até aqui. A seleção francesa pegou times mais fortes, enquanto os croatas fizeram jogos mais equilibrados. O Estadão desenvolveu um ranking que mede a força das equipes jogo a jogo, com base em um método desenvolvido pelo físico húngaro Arpad Elo — ganha pontos quem vence adversários complicados e perde quem sofre derrotas em jogos que deveriam ser, em teoria, fáceis. No geral, a Croácia jogou partidas mais competitivas que a França, ainda que os adversários tenham sido mais fracos.
Para o técnico croata, Zlatko Dalic, sua equipe é um ‘milagre’. Ele recordou o primeiro contato com os jogadores após assumir a seleção, no fim de 2017: no aeroporto de Zagreb, pegando o avião para uma partida decisiva contra a Ucrânia. Trabalhou sem salário e sem contrato. “Não tínhamos, há três meses, um estádio adequado para receber nossas partidas pela Liga das Nações (torneio europeu que acontecerá em outubro), contra Inglaterra e Espanha. Não temos infraestrutura para torneios deste porte. É um grande problema que eu gostaria de destacar. Nas condições em que trabalhamos, nos traz grande alívio o que alcançamos. Algo precisa ser transformado. Se não for agora, quando será?” (Globo)
Pois é. Depois da vitória sobre Inglaterra na semifinal, um torcedor croata foi questionado por uma equipe de TV mexicana sobre como se sentia em relação à primeira final do país em uma Copa do Mundo. “Jacob Modric costumava jogar futebol driblando minas terrestres. Assim como ele, nós não temos medo.”
Já a França tem o desafio de não repetir no Mundial o mesmo erro que fez o time amargar a derrota contra Portugal na Eurocopa de 2016: a soberba. Naquele ano, o relaxamento depois de eliminar a Alemanha na semifinal deu à equipe a sensação de que o pior já havia passado. Caíram. Agora, o cenário é parecido. Os franceses venceram a Bélgica, que havia se creditado como forte candidata ao título depois de eliminar o Brasil, e enfrentará na decisão um azarão: a estreante Croácia. Oito jogadores que estavam naquela fatídica partida no Stade de France seguem no time para tentar, desta vez, fazer diferente. (Globo)
Carlos Eduardo Mansur, no Globo: “A França, e talvez o futebol de seleções fabrique cada vez mais equipes assim, é destes times de enorme potencial, que deixa o mundo na expectativa de ver aflorar um jogo tão encantador quanto seus intérpretes: mas oferece ao espetáculo apenas o indispensável para ganhar. Deschamps criou uma estrutura conveniente para seus astros, para que tenham momentos e, neles, produzam impacto no resultado do jogo. Ainda não houve exibições de 90 minutos de um jogo fluido. Mas a verdade é que trata-se de uma França difícil de derrotar. Na frente, há homens decisivos. Sem a bola, há solidez defensiva. Pogba foi excelente defendendo e iniciando jogadas, Kanté e Matuidi esbanjam vitalidade. E, na frente, sempre haverá Griezmann, Mbappé. Mas, no fim, foi um córner, uma bola alta, uma cabeçada. Nunca a fronteira entre ganhar e perder foi tão tênue.”

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