segunda-feira, 1 de junho de 2020

Da História do São João de Maracanaú e de um junho acabrunhado.






Já tinha feito este artigo quando a Prefeitura de Maracanaú anunciou a realização do São João de Maracanaú Lives Solidárias nos dias 20 e 27 de junho, em parceria com a iniciativa privada, em forma de editais e a participação do Sistema Jangadeiro.
Neste momento de pandemia, o São João de Maracanaú foi tema de debates, adorado por muitos, combatido por outros é uma lança certeira no coração da oposição política local.
Como começou esse fenômeno?
Organicamente foi em 1987, no Governo do Prefeito José Raimundo Menezes de Andrade, quando foi instituído o Festival de Quadrilhas de Maracanaú.
Com essa ação a Prefeitura de Maracanaú passou a organizar um festival e a apoiar as quadrilhas participantes.
O município tinha ainda , no dia 12 de junho, a festa do Santo Antonio do Pitaguary, já tradicional e muito frequentada.
Assim, de 1987 até 1992 os festivais foram realizados na quadra da Praça Padre José Holanda do Vale, a conhecida Praça da Estação.
Em 1993 o Prefeito Antonio Correia Viana Filho construiu uma Praça na Rua Capitão Valdemar de Lima, em frente ao prédio sede do Banco do Brasil, com o nome de Praça Senador Carlos Jereissati.
De 1993 a 1995 os festivais foram realizados neste espaço, e em 1996 o então Prefeito Dionísio Brochado Lapa Filho vendo o crescimento do evento e a necessidade de um novo espaço manda construir um novo local na Avenida V-A, logo na entrada da Avenida IX, no Conjunto Jereissati, que ficou conhecido como Corredor da Folia.
Retirando o evento do Centro de Maracanaú e realiza no ano o Forró Maravilha em parceria com o Sistema Verdes Mares de Televisão.
Já em 1997 o Prefeito Júlio César Costa Lima tenta descentralizar o Festival de Quadrilhas, realizando apenas a fase final no corredor da folia. Foi um momento de enfraquecimento dos festivais, baixando a qualidade das apresentações e o brilho da festa.
De 2000 a 2004 o festival vai deslocado para a Avenida IX, no espaço central da avenida, que fica sendo o espaço para todos os eventos do município.
Em 2005 com a posse do Prefeito Roberto Pessoa  o Festival vai para o espaço próximo a Delegacia Metropolitana e começa a verdadeira transformação do evento, com grandes shows e artistas nacionais, começando o Mega São João de Maracanaú, ficando também no ano seguinte.
Em 2007 o São João de Maracanaú vai para o terreno pertencente a empresa Vicunha, entre as Avenidas Francisco Alves Marinho e Avenida I.
Crescendo, ano a ano, o  São João de Maracanaú recebeu títulos e colocou o município no eixo dos grandes  shows e eventos, sendo o palco cobiçado por grandes artistas nacionais e gerando milhares de empregos e renda para os maracanauenses.
Na história do município somente em 1985, 86 e 88 não aconteceu o Festival de quadrilhas juninas e agora, de forma surreal, também não teremos, após 32 anos.
As quadrilhas não dançam, o palco não é armado, a cidade junina não acende as luzes, a fazendinha não procria e junho fica triste sem a alegria do São João de Maracanaú.

Allan Kardec Marinho


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