segunda-feira, 1 de junho de 2020

Uma crítica ao alistamento militar obrigatório




Em 1547, com a necessidade de defender o território contra estrangeiros e índios “rebeldes”, foi imposta a conscrição militar obrigatória para cidadãos entre 14 e 60 anos. Esta evoluiu até se tornar, o que conhecemos hoje. Porém, esse sistema além de obrigar vários a entrarem para uma vida, a qual não desejam, também priva os conscritos do direito mais importante de uma democracia, o voto.
          Primeiramente, evidencia-se a falta de cuidado com a escolha dos alistados, os quais são escolhidos sem a menor investigação de seu passado e perfil psicológicos. Dessa forma, permitindo que indivíduos perigosos recebam treinamento militar. Claramente, percebe-se os efeitos dessa seleção, quando se analisar relatos de ex-militares honestos e o perfil de milicianos. Segundo a Globo Extra, em média, a cada 17 dias um militar foi preso em 2017. Ademais, diversos ex-militares relatam a corrupção e o envolvimento no tráfico não apenas do exército, porém também da PM. Não apenas a falta de liberdade na escolha de alistar-se ou não, mas também o racismo presente dentro da instituição traz à tona a importância de dar um fim nesse incrédulo sistema. O segundo faz-se perceber nas falas de diversos políticos ligados a ex-militares e ao atual governo Bolsonaro, como por exemplo nas falas de Weintraub, o qual além de zombar de chineses, também afirmou odiar o termo “povo indígena”.
          Sem dúvida, ao afirmar que odeia o citado termo, desconsidera-se todo o passado histórico-cultural dos povos, os quais formaram o nosso país, não só com o seu suor, porém também com o seu sangue. Dessa forma, despreza-se toda lógica de ceder benefícios aos filhos dessas sofridas comunidades. Ironicamente, percebe-se os diversos benefícios cedidos aos militares. Por exemplo, os militares recebem uma verba de aproximadamente 27 800 000 000 de doláres e cerca de 82% deste valor é usado no pagamento da mão de obra. Acresce que o País não esta envolvido em nenhum conflito militar além de missões de paz, o que torna a grande alocação de pessoal no setor militar por meio do alistamento, não só inútil, como também um enorme desperdício do dinheiro público.
          Finalmente, concluí-se que a conscrição obrigatória impõe a perca de um direito fundamental do cidadão, contrata pessoal de forma excessiva, arruinando projetos de vida e objetivos pessoais, além de desperdiçar dinheiro público de forma desnecessária e segregadora (pois gera desigualdade social). Assim como expõe jovens negros ao racismo histórico e estrutural presente nas Forças Armadas Brasileiras.

 Referências:

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