sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Saudades dos nossos sonhos e amores.


Francisco Marinho, meu pai

Hoje não é um dia de tristeza. É para comemorar o tempo que vivemos com quem partiu mais cedo,com quem nos deu vida, experiência, amor, alegria e muitos nos conduziram pela mão para o futuro que conquistamos.
Lembro com saudade dos meus avós: "Seu" Benedito;Vô da Rua; Dona Kalu e um afastado que não tinha contato, Vô Guilherme.
Vivia com minha vô Kalu, que era minha fada e protetora e que hoje ainda sofro com algumas preocupações que causei para ela.
Meu pai não sabia fazer carinho. Não faltava nada para a família e era alegre e tolerante, só não sabia abraçar.
Meu tio Nonato era o nosso guia para as farras e futebol.
Tudo nas ruas do Maracanaú, na Estação Ferroviaria, nosso mundo , onde papai era Agente Ferroviário e chefe de tudo.
A gente jogava bola entre os trilhos, pega-pega nas calçadas altas, esconde-esconde nos galpões escuros e poeirentos e andar na locomotiva no viradouro no fim do dia.
Nosso paraiso era simples e maravilhoso.
E ao lado do Corró, Juvenal Menezes, Braisinho, Vinicius Menezes faziamos nossas farras de criança.
Para sair da Estação somente um jogo de botão no alpedre da nossa casa e ai o tempo continuava entre gritos  e reclamações.
Na noite sonhavamos com um trilho longo, um tunel lá no fim e a felicidade após.

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