sábado, 23 de dezembro de 2017

Do celular, da esperança e da oportunidade de roubar.




Ontem fui ao cinema com meus filhos. Terminando a sessão de cinema saímos e antes de completar dois minutos a Bheatriz grita: - Pai!, esquecemos o celular do Vinicius. Voltamos rápido, a limpeza nem tinha entrado. buscamos minuciosamente o aparelho celular. Nada! Esperamos o pessoal da limpeza, que procurou com lanternas. Nada.
Fui a gerencia do cinema e nenhum objeto entregue. Vinicius perdeu o celular, com aplicativos, fotos e contatos.
Na sessão só tinha jovens, bem vestidos, boa aparência, estudantes em ferias. Gente dita de bem.
Que formação tem alguém que não vive do crime, tem família e tinha dinheiro para o cinema e a pipoca e mesmo assim acha um objeto e fica para si?
É esse jovem que critica os governantes nas redes sociais e pede mudança na politica?
Ensina ética nas postagens e chama os políticos de ladrão e outros adjetivos.
E ele? é o que quando acha um objeto, olha para os lados e coloca sorrateiramente no bolso?
Fiquei decepcionado ao pensar que dependemos de pessoas que acreditam ser a ação certa encontrar algo e se apossar.
Deve ser a mesma ação que os governantes fazem: acharam um mandato e colocam no bolso.
Gostaria de poder olhar no rosto desse jovem e perguntar a ele qual a diferença entre ele e o governante que ele ataca nas redes sociais.
O valor do roubo? Mas ele ainda não chegou la pra levar uma parte maior e por enquanto tem que se conformar com um aparelho celular.
Mas na realidade, ambos são ladrões da mesma especie.

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